terça-feira, 25 de novembro de 2008

Conto Pele de Asno


Livro: Contos de FadasAutor: Charles Perrault
Tradução: Monteiro Lobato
Editora: Companhia Nacional

Adaptação: Naian Natiely C. Coelho & Tatiely Cardenas 7ª série “A”.

Era uma vez, um rei tão bom e amado pelo povo, respeitado pelos vizinhos...
Teve a grande felicidade de se casar com uma princesa tão bela, que lhe deu uma só filha linda e encantadora!
Nesse reino havia um asno, não por simples capricho que o Rei lhe deu um posto de tal distinção, embora todas as pessoas estranhassem que o animal da maior importância era o ASNO de orelhas cumprindíssimas.
Esse asno merecia tais honras, porque era, na realidade, um asno maravilhoso; basta dizer que, diariamente, sua baia amanhecia recoberta de moedas de ouro.
Infelizmente, em certo dia a rainha caiu de cama com uma doença misteriosa, que nenhum médico descobria o que era e a conseguia curar...
Chamando o rei lhe disse, que quando morresse era para ele se casar somente com uma princesa mais bela do que ela.
Depois de alguns dias ela faleceu...
O Rei tentou cumprir o desejo de sua falecida Rainha;
Todos os dias, o ministro lhe trazia inúmeros retratos de Princesas dos Reinos Vizinhos, mas, ele não se interessou por nenhuma e...
Começou a se interessar por sua própria filha!
Indo visitar uma druida que disse-lhe não haver mal algum em desposar sua filha.
A proposta deixou a princesa apavorada e tentou de todas as maneiras dissuadi-lo, não conseguindo, foi secretamente visitar sua fada madrinha que a aconselhou impor certas condições para se casar, com o objetivo de ganhar tempo...
Enfim, a princesa aceitou casar-se com seu pai somente se ele lhe presenteasse com um vestido cor da lua, o que ele fez prontamente...
Então ela pediu-lhe um vestido cor do tempo, com todas as suas riquezas e poderes...
No dia seguinte o vestido estava pronto.
A princesa estava a lamentar-se quando a fada apareceu e lhe disse:
_ Se muito me engano, se você pedir um vestido cor do sol, o rei ficará atrapalhado, porque é impossível conseguir um vestido dessa cor.
Então foi em frente, pediu um vestido da cor do sol para o rei!
O rei logo encomendou o vestido...
Depois de alguns dias, os alfinetes trouxeram o vestido do jeitinho que a princesa ordenou.
A princesa protestando que o vestido tinha lhe feito mal aos olhos foi para o quarto.
Sua Fada madrinha lhe sugeriu que ela pedisse a seu pai a pele do asno que produzia toda a riqueza do reino, imaginando que o rei vacilaria...
A moça muito contente e esperançosa correu pedir ao pai a pele do asno.
O rei admirou-se daquele capricho, mas, sem demora deu ordens ao sacrifício do asno, cuja pele foi presenteada a princesa.
Então a moça correu para o quarto no maior dos desespero... Mas, sua madrinha não teve dificuldades em acalmá-la.
Sugeriu que ela deveria envolver-se na pele do asno e sair pelo mundo.
E ainda lhe disse que quem tudo sacrifica pela virtude é sempre recompensado.
A princesa despediu-se da madrinha, envolveu-se na pele de asno, sujou a cara com a fuligem da chaminé e saiu do palácio sem ser percebida.
O desaparecimento da princesa causou grande sensação! O rei que havia ordenado uma festa magnífica para o dia do casamento caiu no maior desespero.
Logo que saiu do palácio, a princesa andou até muito longe, à procura de uma casa onde empregar-se.
Todos lhe davam esmolas, mas, ninguém a queria receber...
Aquela cara suja e aquela horrenda pele de asno repugnavam a toda gente.
Enfim, uma chacareira a acolheu para cuidar dos porcos e dos gansos e deveria ficar a um canto da cozinha, sofria a caçoagem de toda a criadagem...
Ela acostumou-se com essa situação e fez seu serviço com tanto capricho que a dona da chácara começou a vê-la com bons olhos...
Um dia em que sentara ao pé do tanque teve a idéia de mirar-se no espelho d’água e assutou-se com o horrível aspecto de sujeira.
Então lavou-se, mas, logo depois vestiu-se com a pele de asno.
No dia seguinte não havia trabalho por ser dia de festa e então a princesa, por meio do toque da varinha que ganhou de sua fada madrinha, fez surgir seus pertences de toalete e divertiu-se penteando-se e enfeitando-se. Seu quartinho era tão pequeno que a cauda dos vestidos não podiam desdobrar-se.
Num desses dias de folga, em que a Pele de Asno (era conhecida por esse nome) tinha vestido o seu vestido cor de sol, aconteceu de um príncipe que estava caçando parar por ali. Era um príncipe formosíssimo, ídolo do povo e queridíssimo de seus pais. A chacareira mostrou-lhe tudo. Ao passar por um certo corredor, encontrou uma porta fechada e teve a curiosidade de espiar pelo buraco da fechadura _ e viu lá dentro uma jovem que o deixou deslumbrado com sua beleza, era pele de asno com seu vestido cor de sol.
Preocupadíssimo o príncipe saiu e foi perguntar quem morava naquele cômodo escuro. Responderam-lhe que era a pastora imunda de nome Pele de Asno.
O príncipe compreendeu logo a inutilidade de continuar a perguntar e até se arrependeu por não ter arrombado a porta.
Foi tão grande a paixão que caiu doente, deixando seus pais muito preocupados.
Acudira-lhe os melhores médicos e não conseguiam curá-lo.
Sua mãe até lhe perguntou se o que desejava era a coroa de seu pai, o que ele declinou prontamente.
Por fim, disse que queria apenas um bolo feito por Pele de Asno.
Seus pais acharam muito estranho seu pedido, mas, imaginando ser delírio de doente, chamaram os criados e mandaram que fossem à chácara buscar o tal bolo.
É preciso se dizer que no momento que o príncipe espiou pelo buraco da fechadura, no dia de sua visita a chácara, a princesa havia lhe percebido a presença, e chegando a janela pode vê-lo quando partia _ e muito admirou seu garbo varonil e depois disso passou a suspirar sempre que se lembrava dele....
Ao receber a encomenda do bolo, o preparou com todo capricho e pôs em sua massa seu anel.
O príncipe ao receber o bolo, o comeu com tal voracidade que se engasgou com o anel.
O principe beijou e o colocou a sua cabeceira, dizendo que só se casaria com a dona de tão delicado anel...
Então seus pais mandaram publicar um comunicado pedindo que todas as moças fossem ao castelo para fazer a prova.
Quando não serviu em nenhuma das moças, e seus pais já desanimavam mandara buscar Pele de Asno, a qual o príncipe quis fazer pessoalmente a prova.
Porém, ao ver Pele de Asno, o principe ficou profundamente desapontado e perguntou-lhe:
_ É você mesmo, que mora naquele quartinho?
_ Sim, senhor, respondeu ela.
_ Mostre-me sua mão, disse o príncipe, por desencargo de consciência e suspirando desanimado.
O que aconteceu foi um assombro para todos.
Ao receber o anel, a Pele de Asno deixou cair sua horrenda vestimenta dos ombros e aos olhos de todos surgiu uma criatura de beleza arrebatadora.
Príncipe lançou-se fora da cama e a abraçou com ternura, e em seguida começaram os preparativos para o casamento.
Os soberanos ficaram muito felizes ao saber que Pele de Asno também tinha sangue real. As Festas do casamento duraram 3 meses e foram muito felizes.












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