domingo, 30 de março de 2008

Dia Mundial da Água

Luciane Assunção Tonete - la-at@yahoo.com.br - EE. Antonio Perciliano Gaudêncio _Orientação para Estudo e Pesquisa
Dia Mundial da Água
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Dia Mundial da Água foi criado pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas através da resolução A/RES/47/193 de 22 de Fevereiro de 1993, declarando todo o dia 22 de Março de cada ano como sendo o Dia Mundial das Águas (DMA), para ser observado a partir de 1993, de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento contidas no capítulo 18 (Recursos hídricos) da Agenda 21.
Nesse período vários Estados foram convidados, como fosse mais apropriado no contexto nacional, a realizar no Dia, atividades concretas que promovam a conscientização pública através de publicações e difusão de documentários e a organização de conferências, mesas redondas, seminários e exposições relacionadas à conservação e desenvolvimento dos recursos hídricos e/ou a implementação das recomendações proposta pela Agenda 21.
A cada ano, uma agência diferente das Nações Unidas produz um kit para imprensa sobre o DMA que é distribuído nas redes de agências contatadas. Este kit tem como objetivos, além de focar a atenção nas necessidades, entre outras, de:
Tocar assuntos relacionados a problemas de abastecimento de água potável;
Aumentar a consciência pública sobre a importância de conservação, preservação e proteção da água, fontes e suprimentos de água potável;
Aumentar a consciência dos governos, de agências internacionais, organizações não-governamentais e setor privado;
Participação e cooperação na organização nas celebrações do DMA.
Declaração Universal dos Direitos da Água
Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos. Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem. Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia. Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam. Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras. Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo. Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis. Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado. Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social. Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
Gota d’água
Por Vitor Casimiro _ Publicado em 25/03/2002-Atualizado em 28/12/2006 por César Munhoz9
Não adianta mais chorar a água derramada. Está na hora de fechar as torneiras. Enquanto esse valioso líquido escorre pelo ralo da poluição, do desperdício e da ocupação dos mananciais, o crescimento populacional e o conseqüente aumento da demanda por água ameaçam de colapso as reservas de água doce ainda disponíveis.
Nair Benedicto/Keydisc
Nordeste brasileiro: símbolo da má distribuição de água na Terra.
Uma coisa é líquida e certa: não tem água para todo mundo. Não que a Terra um dia vá ser igualzinha à paisagem desértica dos filmes Mad Max ou Duna. Nada disso. Todo mundo já ouviu falar no ciclo das águas, certo? Pois bem, de fato, a água se renova infinitamente. Rios, lagos e oceanos evaporam, o vapor d'água fica um tempinho na atmosfera e depois volta na forma de chuva para reabastecer os mananciais e o subsolo, onde tudo começou.
Em outras palavras, a fonte não vai secar. Para cessar a produção de água no planeta, só se o mar virar sertão. Até aí tudo bem, sábia mãe natureza. Mas pouca gente se dá conta de que o problema não é a falta de água e sim a má distribuição e o mau uso desse precioso recurso. Desperdiçando e poluindo, aí sim, não há água que chegue! De nada adianta ignorar o catastrofismo da ficção científica, o problema é sério e real.
Enquanto a humanidade usar e abusar da água como se ela fosse inesgotável, o colapso no seu fornecimento vai ser uma ameaça concreta. Abundante ela é, admite-se. Compõe mais de dois terços (precisamente 71%) do planetinha azul. No horizonte, ela existe a perder de vista nos oceanos. Se, em vez de observá-la ao nível do mar, você estiver no pé de alguma montanha, a sensação é a mesma. Ela está sobrando nos cumes gelados.
É tanta água que talvez por isso se esbanje tanto. Na reportagem a seguir, você vai ver que as aparências enganam. É hora de fechar as torneiras. De acabar com o desperdício. A fartura de água não quer dizer que ela esteja disponível onde se precisa. E, onde a água é abundante, nem sempre ela tem a qualidade necessária para o consumo.
Quer ver um exemplo: quem lhe vem à mente quando você ouve falar de falta d'água? Pode apostar que a maioria pensa nos habitantes de regiões castigadas pela seca, que buscam o que beber em uma poça de água barrenta. Mas isso pode ter mais a ver com os moradores das grandes metrópoles do que você pensa. Se alguém anda léguas à procura do gole que restou, cidades inteiras são obrigadas a buscar água a dezenas, centenas de quilômetros de distância se seus rios estão poluídos. Na reportagem a seguir, você vai entender os motivos desse drama mundial.

Nenhum comentário: